Já perdi as contas de quantas vezes, no dia a dia das pequenas e médias empresas, acompanhei gestores tentando “fazer chover” com uma montanha de planilhas, anotações duplicadas e relatórios confusos. Acredite, essa bagunça é mais comum do que se imagina. Nos bastidores da operação batem de frente duas realidades: a necessidade de respostas rápidas e o grande volume de informações que só cresce.
Vou mostrar, pelos meus próprios olhos e pelas experiências que juntei ao longo do tempo junto à Codexa25, os sinais clássicos de que a gestão de dados talvez esteja, digamos, tropeçando nos próprios pés. Não espere “fórmulas mágicas” ou conceitos difíceis. Minha intenção aqui é ser direto, trazer exemplos e ideias para ajudar a enxergar onde a coisa está travando e como começar a destravar, gastando menos do que imagina.
Por que a gestão de dados realmente importa para empresas reais?
Antes de apontar os sinais, preciso explicar, num trecho curto, por que continuo batendo nesta tecla: dados não são apenas números ou arquivos. Eles revelam padrões, oportunidades, gargalos, e quase sempre mostram onde estão as falhas silenciosas. Como bem reforçam estudos do Serpro sobre boas práticas para gestão de dados, a falta de processos minimamente estruturados pode gerar inconsistências e perdas.
Se você já sentiu que está sempre apagando incêndio, talvez o problema não seja a equipe ou o mercado, mas o modo como os dados são tratados e acessados por aí. Dados mal cuidados são como areia nos olhos de quem precisa decidir e agir rápido.
Decisão ruim quase sempre nasce de informação ruim.
1. Informação duplicada e retrabalho constante
Já passei por diversas operações em que o mesmo dado circulava em três, quatro lugares diferentes. Uma vez era uma planilha de vendas. Na semana seguinte, virou um e-mail salvo. Depois, o mesmo número aparecia em um sistema antigo, cada vez, alguém precisava conferir se era o mesmo registro. O resultado? Gente gastando tempo precioso para confirmar, corrigir ou atualizar a mesma informação.
- Planilhas sobrepostas
- Anotações em cadernos e sistemas paralelos
- Pedidos para “checar se mudou algo” em arquivos antigos
Repito: repetição manual não traz segurança, só mais margem para erro e atraso. E, como detalho em outro artigo (Como acabar com retrabalho usando automação), isso custa caro, nem sempre em dinheiro, mas no humor e na energia do time.
Soluções possíveis, mesmo com orçamento apertado
- Defina um lugar só para cada tipo de dado (por exemplo, vendas sempre no sistema X)
- Evite cópia de planilhas por e-mail
- Use automações simples (pode começar com ferramentas gratuitas ou plataformas que estejam na empresa há anos, mas pouco exploradas)
2. Falta de padronização e estrutura nos arquivos
Se cada pessoa nomeia os arquivos e alimenta informações ao seu jeito, rapidamente tenho uma colcha de retalhos onde ninguém se entende. Testei isso numa operação nosso cliente: um relatório chamado “PROPOSTAS vindas 2024” ficava junto de outro chamado “propostas_currente”, ambos sobre o mesmo tema, mas com critérios diferentes. Imagine buscar histórico ou calcular resultados de campanhas assim.
A falta de padrão torna impossível enxergar a história do negócio sem longas caçadas.

Como identificar e corrigir o sinal?
- Procure arquivos com nomes confusos ou padrões variados no servidor, se incomodar ler, o padrão está ruim
- Defina formatos simples: sempre “ano-mês-dia_descricao.csv” para relatórios, por exemplo
- Treine o time para seguir o padrão sugere; não basta avisar, tem que mostrar exemplos e revisar no começo
Muitas vezes, só o ajuste inicial já reduz a perda de tempo para buscar informação ou mexer em documentos antigos.
3. Dificuldade para encontrar dados rapidamente
Já vi do dono ao estagiário abrindo pastas e mais pastas, tentando lembrar onde estava aquela versão “boa” da tabela. Se a busca vira loteria, algo está errado. Eu mesmo, quando preciso de dados para decisões ou responder demandas urgentes, preciso acessar rapidamente e confiar que é o dado certo.
Quando dados somem ou demoram a ser encontrados, as respostas também desaparecem.
É nesse cenário que soluções como as oferecidas pela Codexa25 entram em campo, já que nossa proposta sempre foi viabilizar caminhos práticos para as empresas “respirarem” em meio a tanta informação solta. E, insisto, mesmo pequenas automações resolvem muita coisa aqui.
- Coloque buscas internas nos sistemas já usados pela equipe
- Organize os arquivos em pastas nomeadas por área, data e assunto
- Dê permissão para quem realmente precisa acessar (menos risco, menos confusão)
O IBGE mostra como a falta de ferramentas para análise e consulta pode dificultar todo o planejamento, seja para o país, seja para sua equipe de vendas.
4. Relatórios contraditórios ou defasados
Convença-me, se puder, que confiar em relatórios diferentes (de períodos parecidos, mas com números distintos) seja saudável para decidir o próximo passo. Já estive em reuniões em que dois gestores trouxeram informações opostas sobre faturamento porque cada um acessou fontes diferentes, sem padronização na filtragem e apuração. Ali nasce o conflito e um medo enorme das consequências de uma decisão errada.
Outro ponto: relatório defasado vale tanto quanto previsão do tempo para semana passada. Perdeu o valor, só traz ruído. Estudos do setor de saúde suplementar mostram que decisões estratégicas perdem qualidade sem dados confiáveis.
Comece melhorando os relatórios em três passos:
- Monte um calendário para atualização: estabeleça dia/hora para consolidar e distribuir os relatórios (comece simples, pode ser toda sexta, por exemplo)
- Padronize filtros: sempre o mesmo período, a mesma métrica, a mesma fonte
- Escolha uma ferramenta só para gerar e compartilhar (pode ser uma planilha compartilhada bem organizada, se não tiver outro recurso)
5. Falhas de segurança e risco de perda de informação
Os principais aprendizados que levo dos atendimentos são até meio assustadores: pessoas usando pendrive para backup de informações críticas; todas as senhas nos “post-its” ao lado do computador; sistemas sem senha, abertos para quem quiser. Nem sempre é por ignorância, muitas vezes é correria mesmo. Porém, os riscos são reais, imagine perder orçamento, contratos ou histórico de clientes de uma vez só.

O EBSERH alerta que falhas comprometem não só operações, mas a qualidade assistencial. Se na saúde o risco é alto, imagine na sobrevivência financeira de um negócio pequeno?
- Faça backup automático em nuvem ou drive seguro
- Evite armazenar informações relevantes em dispositivos portáteis frágeis
- Revise as permissões de acesso (quem pode ver cada pasta?)
6. Falta de integração entre sistemas usados nos setores
Esse é um daqueles pontos que mais escuto no cotidiano: “ah, mas o financeiro usa um sistema, o RH outro, o comercial salva tudo no WhatsApp...”. O resultado é sempre uma corrida perdida para juntar as peças quando surge um imprevisto, bate aquele prazo ou chega a auditoria.
Cada sistema isolado cria um pequeno “silo” de informação difícil de acessar e quase impossível de relacionar com o todo.
Aqui na Codexa25, já provei que integrações simples, como automatizar a busca de dados ou centralizar a visualização em um painel único, já eliminam boa parte da confusão. Não é sonho, existem caminhos práticos, inclusive com ferramentas gratuitas ou de código aberto, já discutidos em artigos como como automatizar tarefas repetitivas.
Onde há vários sistemas que não “conversam”, há sempre retrabalho e informações soltas.
Dicas iniciais para melhorar a integração:
- Mapeie quais sistemas estão em uso em cada setor
- Converse com os responsáveis para entender qual informação precisaria fluir entre eles
- Pesquise integrações prontas ou planos de automação já disponíveis nos sistemas, mesmo gratuitos
- Caso seja inevitável migrar, pense em implantar aos poucos, priorizando o setor mais sobrecarregado
7. Dificuldade para transformar dados em ação e resultados
De nada adianta aquela montanha de números se ninguém sabe o que fazer com ela. Por aqui, já atendi empresas com dashboards e relatórios bonitos, mas sem utilidade prática porque os dados não estavam alinhados ao que realmente impactava o dia a dia.
Os dados precisam servir para responder perguntas do negócio, sugerir ajustes e indicar caminhos possíveis. Quando isso não ocorre, vejo gestores exaustos, inseguros para agir e uma sensação permanente de que “sempre falta informação”.
O INCA destaca que a má administração dos dados pode afetar a confiabilidade de resultados, seja em pesquisas, seja nos indicadores internos de sua empresa.

- Pense: “para qual decisão vou usar este dado?” antes de pedir ou gerar mais informação
- Analise dados semanais junto do time, focando em discutir problemas e hipóteses, não só números
- Reúna feedbacks do time sobre as informações recebidas: eles acham útil, claro, aplicável?
Como começar a inverter a situação sem grandes investimentos?
É tentador pensar que só melhorias caras resolvem essas dores. Na maioria das vezes, não é verdade. Falo por experiência e pelos vários exemplos que vi em pequenas operações: o primeiro passo é enxergar onde a ineficiência aparece, assumir o problema e priorizar pequenas melhorias contínuas.
Gestão de dados começa pela clareza, não pelo software.
Se ainda resta dúvida de por onde começar ou como medir progresso, recomendo olhar para métricas simples: tempo para encontrar uma informação, frequência de erros em relatórios e a quantidade de tarefas repetidas por dia. São índices fáceis de levantar e monitorar.
Não deixe de consultar alguns materiais sobre o aumento de desempenho operacional com tecnologia em produtividade com tecnologia. Pequenas mudanças já fazem diferença aqui.
Benefícios práticos que a organização dos dados pode trazer para a pequena empresa
Nas minhas experiências com a Codexa25, vi que, mesmo no curto prazo, empresas que investem um pouco de tempo na gestão de dados já percebem melhorias práticas:
- Menor retrabalho e menos erros
- Economia de tempo nas rotinas repetitivas
- Redução de conflitos internos na busca por respostas
- Mais confiança nas decisões, já que os números fazem sentido
- Sensação de controle e tranquilidade para o gestor
Se quiser entender mais sobre formas de cortar erros e afinar as operações, o artigo sobre como reduzir erros operacionais com automação detalha passos fáceis e acessíveis.

Conclusão: dados confiáveis não são luxo, mas sobrevivência
Depois de anos lidando com empresas reais, aprendi: gestão de dados eficaz é instituto básico da sobrevivência e do crescimento. Os sinais de desorganização podem até parecer pequenos, mas, juntos, corroem margem, tomam tempo, aumentam o stress, e podem até causar crises sérias.
Cuidar melhor da informação não custa tanto quanto parece. Muitas vezes, depende só de parar, olhar de perto e corrigir pequenas rotinas. Foi esse o espírito com que nasceu a Codexa25: simplificar processos, trazer automação acessível e ajudar equipes a respirar em paz num mundo de dados cada dia maior.
Se você identificou um ou mais dos sinais no seu negócio, convido a buscar soluções e protótipos práticos. Podemos ajudar desde o diagnóstico até a implementação, sempre com foco em resultados rápidos, código limpo e acompanhamento próximo. Entre em contato, conheça como sua empresa pode simplificar a rotina (e o coração) gastando menos tempo e energia, porque dado bem cuidado faz sua empresa ir mais longe.
Perguntas frequentes sobre gestão de dados
O que é gestão de dados eficiente?
A gestão eficiente de dados é o conjunto de práticas e processos que organizam, protegem e tornam os dados fáceis de acessar, analisar e usar para decisões diárias ou estratégicas. Inclui padronização, segurança, integração e atualização dos dados, de modo que todas as pessoas certas tenham as informações certas, do jeito certo e no tempo certo.
Como identificar problemas na gestão de dados?
O caminho mais fácil é observar se há retrabalho constante, perda ou duplicidade de dados, demora para encontrar informações, relatórios inconsistentes e falhas de segurança. Se os colaboradores reclamam de dificuldade para acessar dados ou relatórios chegam frequentemente com erros, pode apostar: já existem problemas na gestão.
Quais são os riscos de dados mal geridos?
Dados mal geridos podem gerar decisões incorretas, retrabalho, perda de tempo, conflitos internos e problemas de segurança. Em situações críticas, até perdas financeiras e exposição a sanções legais. O maior risco, porém, está na perda de confiança nas informações e no aumento do stress para toda a equipe.
Como melhorar a gestão de dados na empresa?
Sugiro padronizar arquivos, centralizar informações importantes, limitar acessos, implantar pequenas automações e revisar rotinas periodicamente. Com pequenas ações e treinamentos simples, a empresa já sente diferença. Matérias como eficiência em processos costumam trazer ótimos exemplos práticos.
Quando vale a pena contratar especialistas em dados?
Quando as dúvidas e os erros passam a tomar tempo demais, quando surgem riscos legais ou a empresa precisa integrar muitos sistemas, a contratação de especialistas em dados passa a ser um diferencial. Empresas como a Codexa25 podem ajudar a estruturar do básico ao avançado, criando protótipos de automação rápidos e sob medida, sem criar dependência ou complexidade desnecessária.